quarta-feira, 12 de março de 2014

hold on


Um ano se passara tão rápido da última vez que trocaram apertos e abraços. Era combinado falar sempre via redes sociais, mas aos poucos seus amigos iam se afastando, e de quem ele não queria nem saber estava sempre subindo uma conversa para perguntar "como você está?" "Parou de falar com os pobre depois que foi para os states". Sempre educado respondera. Ele acreditava que podia ser uma etapa, algo passageiro, e ia vivendo, sem sentir muita falta, fazendo novas amizades, saindo, curtindo o tempo fora. Tudo aconteceu tão rápido ao longo do tempo, ele crescera e sabia que quando voltasse seria muito difícil se adaptar novamente, se enganou, mesmo não sabendo as piadas internas novas dos amigos, o que aconteceu ao longo desse tempo longe, ele sempre perguntara e ouvia sempre as mesmas coisas "Longa conversa, depois te conto". E esse dia nunca chegará. Ele não se irritou com isso, mal lembrara desse "depois te conto" e foi vivendo. Dois meses se passaram e começou a se sentir ainda mais ligado, já estava acostumado ao calor que fazia, porém ainda sentia muita dor no peito do que deixara pra trás. Ele sabia que essa evolução na sua vida poderia construir barreiras assim como destruir. Ele viu um mundo diferente depois que voltara. As coisas simples da vida era notável, as folhas que cairá da árvore da vizinha e com as mudanças de cores que ele tanto amava ver. Agora amarela ou vermelho era chamado de metamorfose. Ele se sentia mais perto da sua estação favorita. Ele podia notar o quão fantástico era o mundo. Seu olho se abriu de forma inacreditável para o mundo. Ele cansara de agradar á todos. Percebeu que em vez de esperar as coisas baterem na sua porta você tem que bater na porta da oportunidade à sua procura. Ele nunca pensou que iria gostar de ficar tanto em casa, olhando as paredes com imagens da sua banda favorita no lado esquerdo e no direito fotos suas de viagens e quando era criança. Ouvindo a cada dia uma banda diferente, descobrindo também. Acabava o dia e ele continuava na sua escrivaninha com as mãos erguidas para sua typewriter. O que será que ele estava escrevendo?

Obs: Escrevi esse texto no começo do ano passado e achei largado.

-lucas

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