quinta-feira, 27 de março de 2014

A Winter Day


Era um sábado qualquer, um dia em que o seu primeiro pensamento da sexta antes de se deitar é sobre acordar mais tarde, mas quem disse que ele queria ficar em casa naquele dia de -17ºC. Havia combinado com o seu amigo de ir para uma cidade fazer compras, sabe como são aquelas cidades de interior do Canadá, se já são desertas em dias comuns se tornaria bem mais em um dia de inverno como qualquer outro. O caminho seria bastante longo, pegariam um ônibus bem cedo.
Quando deu 8 horas da manhã lá estavam eles parados no ponto de ônibus esperando o mesmo. O ônibus chegou, eles entraram e colocaram as moedinhas na caixa registradora e ele perguntou ao motorista:
- Esse ônibus tem Wi-fi?
- Esse não meu caro, apenas o da outra rota. (Responde o motorista bastante educado e logo em seguida bebendo um pouco de café).
- Ok, obrigado. (Diz ele e foi se sentar onde seu amigo já estava lá no fundo).
A viagem é um pouco longa do que costuma ser no verão já que tem neve na pista. Certo dia ele fez esse mesmo trajeto e esquiou junto com o ônibus na neve e foi bastante assustador. O amigo começa a dormir e diz pra acorda-lo assim que chegar no lugar onde fariam a primeira troca de ônibus do dia, e ele responde com “Ok” e continua apreciar a paisagem pela janela. Passou em uma cidade e logo pensou em pedir ao motorista para espera-lo comprar um café, mas logo desistiu da ideia e seguiram viagem.
O caminho é bem arborizados e sentiu falta dos dias de outono onde tem a oportunidade de ver a mudança de cores das folhas até caírem. E chegam em uma cidade adiante da anterior onde trocaram de ônibus, mas até chegar no local mesmo demorariam mais um pouco. Passaram por lugares fantásticos com um lago congelado, ele gostariam de poder descer e patinar ou apenas tirar foto só que não podiam, já que até chegar o próximo ônibus se descessem iria demorar muito e não era na cidade mesmo teriam que andar um longo caminho. Com isso passaram por uma cidade onde o centro estava bastante movimentado e havia umas casa bem diferentes, lembrara daqueles filmes de terror ou até mesmo a casa da Família Adams ou aquele carro da corrida da pesada que saí morcegos, mas estava sendo bastante admirador ver aquilo.
A escola era bem diferente que a sua, era bem maior e possuía um campo enorme para futebol americano e vôlei com um gramado bem verdinho e aquelas trilhas bem lindas para andar. Até que chegou no destino final. Seria um dia de compras, e já era quase meio-dia e podia sentir o estomago roncando e então decidiram descer em uma pizzaria que tinha Buffet que paga apenas 10 dólares e comeram até ter um coma alimentício. De macarronada a lasanha e fatias de pizzas de vários sabores se viram bastante satisfeitos e foram andando até o shopping mais próximo.
No caminho jogaram bola de neve um no outro e atolaram na neve até que chegaram no shopping e viram bons preços. Passaram a tarde toda por ali experimentando roupa e conversando com as pessoas. E até que chegou a hora de voltar para casa e enfrentaram mas uma longa viagem. Chegou em casa jogou tudo no seu quarto e foi experimentar uma bela ducha e descansar.

-lucs

"but i'm only human.."


Sugestão de música:  Christina Perri - Human

Eu vivia em um espaço sombrio que só eu conhecia e contemplava, era assim todos os dias, acordava e não queria a libertação desses meus dramas, agonia que eu tinha ao ver certas coisas e com meu senso observador de sempre eu fazia dessa dor como uma  máscara na qual refugiava. Ninguém me conhecia tão bem quanto eu, fingia que estava feliz e poderia dá o melhor sorriso, mas não era nem um pouco verdadeiro e sincero, eles iriam acreditar e levar para suas vidas o quão feliz eu estava, mal eles sabiam no qual estavam enganados. Eu vivia em meu mundo, um mundo no qual eu havia criado com todas as lástimas que eu havia adquirido durante toda minha vida, onde a dor reinava, a tristeza me contaminava e vivia na solidão que a vida ia mais e mais me revelando quem era meus amigos, são nesses tempos que os verdadeiros aparecem, tive a sorte de os que eu acreditava ser alguns estavam comigo. Quando me abria uns até falava que não acreditava que eu vivia nessa dor por que não passava isso pelas redes sociais, e a alegria pessoalmente na qual eu transmitia a todos e nunca me vira de cabeça abaixada e triste. E aí eu descobri o quão eu enganava a mim mesmo não mostrando a infelicidade que eu estava passando e queria o mais rápido possível dessa dor que virou uma bola de neve para longe de mim. Eu aprendi que conversar é a libertação, e assim eu fiz. Eu acreditava que eu acabaria terminando meu ano em uma solidão que eu havia conquistado e o mundo conspirou errado sobre essa minha ilusão e aqui estou com um sorriso verdadeiro e feliz, feliz por que a tenho e não há vivo sem a. Acredite sempre, e nunca perca a fé.

-lucs

quarta-feira, 12 de março de 2014

hold on


Um ano se passara tão rápido da última vez que trocaram apertos e abraços. Era combinado falar sempre via redes sociais, mas aos poucos seus amigos iam se afastando, e de quem ele não queria nem saber estava sempre subindo uma conversa para perguntar "como você está?" "Parou de falar com os pobre depois que foi para os states". Sempre educado respondera. Ele acreditava que podia ser uma etapa, algo passageiro, e ia vivendo, sem sentir muita falta, fazendo novas amizades, saindo, curtindo o tempo fora. Tudo aconteceu tão rápido ao longo do tempo, ele crescera e sabia que quando voltasse seria muito difícil se adaptar novamente, se enganou, mesmo não sabendo as piadas internas novas dos amigos, o que aconteceu ao longo desse tempo longe, ele sempre perguntara e ouvia sempre as mesmas coisas "Longa conversa, depois te conto". E esse dia nunca chegará. Ele não se irritou com isso, mal lembrara desse "depois te conto" e foi vivendo. Dois meses se passaram e começou a se sentir ainda mais ligado, já estava acostumado ao calor que fazia, porém ainda sentia muita dor no peito do que deixara pra trás. Ele sabia que essa evolução na sua vida poderia construir barreiras assim como destruir. Ele viu um mundo diferente depois que voltara. As coisas simples da vida era notável, as folhas que cairá da árvore da vizinha e com as mudanças de cores que ele tanto amava ver. Agora amarela ou vermelho era chamado de metamorfose. Ele se sentia mais perto da sua estação favorita. Ele podia notar o quão fantástico era o mundo. Seu olho se abriu de forma inacreditável para o mundo. Ele cansara de agradar á todos. Percebeu que em vez de esperar as coisas baterem na sua porta você tem que bater na porta da oportunidade à sua procura. Ele nunca pensou que iria gostar de ficar tanto em casa, olhando as paredes com imagens da sua banda favorita no lado esquerdo e no direito fotos suas de viagens e quando era criança. Ouvindo a cada dia uma banda diferente, descobrindo também. Acabava o dia e ele continuava na sua escrivaninha com as mãos erguidas para sua typewriter. O que será que ele estava escrevendo?

Obs: Escrevi esse texto no começo do ano passado e achei largado.

-lucas