domingo, 3 de maio de 2015

Assim como uma árvore


A pior coisa de tudo isso não é que sinta-me sozinho. Não é que vou viver a mercê da minha própria solidão. Que vou culpar-me, que vou dilacerar-me. Que vou jogar-me por inteiro, mas sim que é uma fase. Que hoje possa dormir com os olhos cheios de lágrimas, que ao levantar, tirar a roupa, e fazer a rotina de entrar embaixo de um chuveiro gelado vou segurar-me. Vou romper. Vou limpar a minha alma. Será passageiro. Quem dirá-me que sairá de dentro de mim o mais rápido possível. Que vai desraizar, vai ficar quebradiço, que assim como uma árvore que não é regada, irá morrer. Quem garante-me.

Um dia você abre os olhos e continua a persistir. Acostumado com ademais regalias, avessos a quais determina por si. Porque você foi obrigado a assumir todas essas parcelas. Que no entanto, mesmo não sido colocado no mundo de paraquedas, teve que aprender e assumir desde de pequeno a viver para o mundo. Sendo dono de si. Só que uma hora ou outra, você vira um pássaro, daqueles comprados e colocados em uma gaiola, e todas as permissões que deviam a você, de acordo com sua força de vontade para buscar e querer são anuladas e diminuídas a zero. 

Passa um monte na sua cabeça, o que no fim acha como alternativa é desistir. Mas não quer pensar nisso, quer tentar. Quer se entregar. Quer cada vez mais se encontrar diante de todas as possibilidades possíveis. Quer procurar todas as dúvidas que povoa sua mente e mostrar que você pode, você é capaz. Por que enquanto todos desistem de você, o que você menos pode fazer, é você desistir de você mesmo.

O dia começa igual para todos. Podem ter pássaros cantando, flores brotando, uma chuva caindo ou um vento passando diante do seu corpo. Não é questão de sorte. É questão de vontade. É questão de ter uma nova perspectiva. É questão de acreditar. De confiar em você mesmo. Porque enquanto o mundo grita que você que não vai conseguir. Você tem a oportunidade de transformar tudo isso. E gritar de volta que pode, só basta atitude. 

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